2000
Janeiro | Fevereiro | Março | Abril | Maio | Junho | ||||||
Julho | Agosto | Setembro | Outubro | Novembro | Dezembro |
JUNHO
Segunda-feira,
05 de junho de 2000
Primeiro
grupo de trabalhadores contaminados
retornam de Paulínia
Tendo confirmado a decisão favorável da justiça em primeira instância, parte dos trabalhadores que foram irregularmente transferidos pela Rhodia para região de Campinas, iniciaram o caminho de volta para Baixada Santista.
Os trabalhadores não só conseguiram mostrar na justiça a irregularidade cometida no acordo da Ação Cível - 249/93, como também a coação imposta pela empresa, bem como também garantiram a não exposição química na fábrica da Rhodia em Paulínia, o que fatalmente ocorreria. Nem por isso a Empresa Rhodia com seus ilustres representantes se intimidam e avançam com injurias, calunias e difamações contra os trabalhadores contaminados em seus escabrosos textos peticionários.
Clique aqui e veja imagem da poluição em Campinas
Quarta-feira, 14 de junho de 2000
Notícias do Jornal A Tribuna de Santos
POVO
DE CUBATÃO
9 a 15 de junho de 2000
( povocubatao@terra.com.br )
Rhodia
Vítimas querem justiça
74 famílias
removidas de Pilões para
o Jardim Casqueiro travam uma briga
diária contra o poder público de Cubatão.
Trechos da matéria:
"Um dos casos mais revoltantes é o de uma criança que nem nome tem ainda. Nasceu há quinze dias e a mãe, C. S. J., não tem tempo para mais nada. O menino nasceu com problemas na cabeça, nos dois olhos e sem testículos. Cristina, segundo os médicos, não pode mais ter filhos".
“Tive vários problemas e já fiz oito cirurgias. Perdi a vesícula, tive tumor na garganta e operei as cordas vocais vária vezes. Inclusive, já estou me tratando com um psiquiatra”
“Ele ficou 14 anos morando no local contaminado e removeram ele para cá. Meu pai morreu contaminado e com remorso de ter ficado em Pilões com a família”.
Quinta-feira, 15 de junho de 2000
Notícias do Jornal A Tribuna de Santos |
Quarta-feira, 14 de junho de 2000 |
Decisão:
A Prefeitura de Cubatão cansou de ser obrigada a dar atenção a moradores de fora da Cidade que procuram os serviços de saúde locais. Por isso, o prefeito Nei Serra determinou ontem que os administradores do Hospital Modelo, e dos prontos-socorros central e infantil exijam que os doentes apresentem comprovação de residência no Município, para serem atendidos. |
Comentários: A determinação do Prefeito de Cubatão Nei Serra, de não atender a população vinda de outras cidades à procura de atendimento médico em pronto-socorros e hospitais da cidade, não é humanitariamente ética, principalmente entre comunidades vizinhas cujos problemas se entrelaçam e que procuram há tempos um sentido metropolitano para região. O prefeito culpa a população vinda principalmente da área continental de São Vicente como um ônus a sua administração. Esta população a que se refere o prefeito Nei Serra, vêm de uma região contaminada por produtos químicos tóxicos sintéticos vindos, por incrível que pareça, da Cidade de Cubatão (principalmente da empresa Rhodia), e os levantamentos preliminares mostraram que esta população sofrem os efeitos desta contaminação, assim como sofrem os contaminados do Vale Pilões. Ao invés de negar atendimento médico à pessoas doentes vindos de Samaritá, que não tem onde procurar socorro, agindo assim como um mau Samaritano, o prefeito deveria repensar suas medidas duras e intempestiva e procurar outras alternativas, como por exemplo; negociar com a FIESP, para assumirem a manutenção destes hospitais, e patrocinar atendimento a todos sem distinção, principalmente as famílias de baixa renda que foram expostas aos lixões químicos tóxicos acumulados na cidade à céu aberto pelos seus afiliados (as indústrias de Cubatão). Se a questão metropolitana não avança por problemas políticos, de certo não devemos penalizar o povo da nossa região, principalmente os menos favorecidos e prejudicados pela exposição química dentro ou fora de Cubatão. ACPO |
Quinta-feira,
27 de junho de 2000
Semana do Meio Ambiente
Dia 10 de junho passado, foi organizado um protesto contra a poluição na baía de Santos. Alguns ambientalistas se reuniram em frente ao aquário municipal de Santos em meio as ameaças de chuvas. O convite foi estendido a toda população.
Enquanto aguardávamos mais algumas pessoas para realização do Ato que culminaria com o culto de uma missa dirigida pelo querido Frei Franciscano Rozântimo Antunes Costa, passamos a escutar as cantigas na língua nativa e explicações em português do Pajé Mario da aldeia Guarani do Rio Branco de Itanhaém.
Num dado momento o querido Frei, percebeu como nós também, que o mal tempo não atrairia mais pessoas para o evento, apesar de sua importância, então comentou que um culto religioso diante de poucas pessoas tinha o mesmo valor que diante de muitas, e que deveríamos então prosseguir.
Então
dirigidos pelo Frei Rozântimo, iniciou-se a proclamação ao Cântico
das Criaturas de São Francisco de Assis, curiosamente no meio do
Cântico tivemos uma grande ajuda da amiga natureza, uma pesada nuvem gentilmente
se recolheu por alguns minutos, permitindo assim, que um forte raio solar
iluminasse cabeças e faces dos presentes, como se houvesse uma aceitação
de toda a natureza, do Ato que naquele momento lhe era oferecido.
É difícil levar as pessoas para discussão sobre o Meio Ambiente. Imaginam elas: como discutir tal problema, se não compreendo nem resolvo os meus? Como posso pensar em alguns peixes em algumas árvores ou em poluição se uma parte do mundo passa fome?
A
resposta está no Cântico, quando for capaz de pensar na natureza como sendo
ela teu irmão, tua irmã ou ainda tua mãe, com certeza, você não terá mais
problemas, você terá apenas soluções!
ACPO