2000
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Ainda no Primeiro Semestre
1) No
dia 13 de maio participamos de encerramento dos trabalhos dos alunos
da Fundação São Francisco
de Assis da cidade de Praia Grande, cujo o tema abordava o "caso
Rhodia". Palestra acompanhada de debate levou esclarecimentos
sobre a exposição e a contaminação por organoclorados na Baixada Santista.
2) No dia 28 de junho, nas dependências do Sindicato dos Químicos de Campinas, outra Palestra sobre o tema "caso Rhodia e a contaminação por organoclorados foi apresentada pela ACPO, aos alunos do curso supletivo mantido por este Sindicato.
JULHO
Segunda-feira, 03 de julho
de 2000
SEMINÁRIO SOBRE MEIO AMBIENTE DO TRABALHO
Nos três últimos dias de junho passado, realizou-se nas dependências do auditório da rua Aurora no Ministério Público do Trabalho na cidade de São Paulo o "Seminário sobre Meio Ambiente do Trabalho.
Vários painéis foram expostos e debatidos: 1º) Prevenção de Acidentes - 2º) Atuação Extrajudicial do Ministério Público do Trabalho na Prevenção de Acidentes de Trabalho - 3º) Meio Ambiente de Trabalho nas Negociações Coletivas - 4º) Ação Civil Pública e Meio Ambiente do Trabalho
Comentando o Painel Meio
Ambiente de Trabalho nas Negociações Coletivas: O que se viu foi o
de sempre: os Patrões reclamando do governo, do excesso de zelo nas
Leis, e para não variar, esquivando-se com perfeição da responsabilidade;
o DRT, engessado desde 88, desculpando-se por não haver como fiscalizar,
nem como se envolver; e os Sindicatos "os que ainda se prestam
a buscar conquistas”, reclamando e com razão, da falta de seriedade
dos patrões no cumprimento dos acordos, e da insensibilidade no governo
com a classe trabalhadora deste País. E infelizmente ao nosso ver,
no que tange assuntos relativos a Saúde do trabalhador, os Sindicatos
estão sempre limitados pelo acordo coletivo que tem validade apenas
por dois anos, assim nunca prevêem um seguro justo e definitivo que
cubra dignamente a deficiência que o trabalhador vier adquirir de um
acidente no trabalho.
No nosso dia-dia, vemos a multinacional francesa Rhodia tentar de mil e uma maneiras burlar o Acordo da Ação Civil Pública 249/93, assinado na esfera Judicial. E vemos por outro lado a Justiça firme impedindo que esta atropele sem remorsos os trabalhadores. Então finalmente chamamos os leitores a uma profunda reflexão: se perante o Poder Judiciário, guardião da Lei e da Justiça da nossa Pátria, a Rhodia age desta forma, como será perante as outras instituições?
Torna-se assim a Justiça, única
saída digna para o trabalhador, quando percebe que sua saúde está em
risco ou foi negligenciada e atingida no seu ambiente de trabalho.
Indicamos que Esta deve ser imediatamente acionada nesta ocasião, por
ser a força capaz de obrigar o responsável ao amparo do material humano
e a correção do meio atingido. Mas as reparações só se tornarão efetivas
quando houver um envolvimento da parte interessada em todo processo.
Segunda-feira, 31 de julho de 2000
Continuando na luta pelos nossos legítimos
direitos, a ACPO, realizou ainda em julho uma manifestação pacífica
na porta da Rhodia Poliamida. Enclausurados no Senai de Santo André,
há seis meses e obrigados a participar de cursos indesejados e que
em nada acrescenta a nível profissional, os contaminados, são constantemente
levados à pesada pressão psicológica, sendo muitas vezes bloqueada
e dissolvida pela força do companheirismo.
Suportamos ainda, pois confiamos na
Justiça e na capacidade dos homens de bem deste país, para repulsar
a atitude cruel e inusitada da empresa multinacional francesa Rhodia,
sobre os trabalhadores contaminados.