Autoria: |
Resultados
segundo Inseticidas Organoclorados quantificados:
Os inseticidas analisados que não foram quantificados nas 118 amostras de tecido adiposo, acima dos respectivos níveis de quantificação foram: alfa - HCH (BHC), delta-HCH (BHC), DDE (isômero: o,p´- DDE), Endosulfan (alfa e beta), Endrin, e DDD (isômeros: o,p´- DDD e p,p´- DDD).
Os inseticidas presentes acima dos respectivos níveis de quantificação foram: beta-HCH (BHC), gama-HCH (Lindane), Heptacloro, Heptacloro epóxido, Aldrin, Dieldrin, DDT (isômeros: o,p´- DDT e p,p´- DDT), DDE (isômero p,p´- DDE), e Hexaclorobenzeno (HCB).
DDT, isômeros e metabólitos
DDT
(Isômeros)
DDT é constituído de diversos isômeros e impurezas, incluindo 65%-80% do isômero p,p’- DDT, 15 a 21% do isômero o,p’- DDT, traços do isômero o,o’- DDT e os compostos 1 - ( p - clorofenil) - 1,1 - dicloetano.
DDT (o,p´-DDT + p,p´-DDT): foi quantificado em 20% destes 118 moradores, no total de 24 pessoas.
Valores quantificados:
Mínimo:
0,040 mg/kg de gordura
Máximo: 1,584 mg/kg de
gordura
Média:
0,109 miligrama/Kilo ou 109 microgramas/kilo de gordura.
-77-
DDT (o,p´-DDT + p,p´-DDT) segundo Lotes:
Grupo 1 (lotes de 01 a 11) 10,5% das biópsias destes lotes com DDT.
Grupo 2 (lotes de 12 a 27) 19% das biópsias destes lotes com DDT.
Grupo 3 (lotes de 28 a 35) 07% das biópsias destes lotes com DDT.
Grupo 4 (lotes de 36 a 49) 32% das biópsias destes lotes com DDT.
Grupo 5 (lotes de 51 a 66) 29% das biópsias destes lotes com DDT.
Nota-se distribuição heterogênea deste inseticida, havendo maior incidência de moradores com DDT (o,p´-DDT + p,p´-DDT) dos lotes de frente ao site industrial, e principalmente dos lotes finais do bairro, onde não há avaliações no ambiente do site em frente a estes lotes, como demonstrado no mapa anexo a seguir.
DDT (o,p´-DDT + p,p´-DDT) segundo Índice de Massa Corporal (IMC) em kg/m²:
Abaixo de 19 kg/m²: zero das biópsias com DDT desta faixa de IMC.
Entre 19 a 24 kg/m² : 16% das biópsias com DDT desta faixa de IMC
Entre 25 a 30 kg/m² : 25% das biópsias com DDT desta faixa de IMC
Maior que 31 kg/m²: 28% das biópsias com DDT desta faixa de IMC
Nota-se que é diretamente
proporcional à incidência de moradores com
-78-
DDT (o,p´-DDT + p,p´-DDT) segundo Sexo:
Feminino: 16 pessoas, 67% das biópsias com DDT
Masculino: 08 pessoas, 33% das biópsias com DDT
Das 63 amostras de biópsia pertencentes ao sexo feminino, 25% quantificaram DDT (o,p´+ p,p´) em sua gordura.
Das 55 amostras de biópsia pertencentes ao sexo masculino, 14,5% quantificaram DDT (o,p´+ p,p´) em sua gordura.
DDT (o,p´-DDT + p,p´-DDT) segundo Tipo de moradia:
Morador fixo: 71% das biópsias com DDT
Morador de finais de semanas: 29% das biópsias com DDT
Das 80 amostras de biópsia de moradores fixos, 21% quantificaram DDT (o,p´+ p,p´) em sua gordura.
Das 38 amostras de biópsia de moradores (f. de sem.), 18% quantificaram DDT (o,p´+ p,p´) em sua gordura.
Nota-se que a incidência de DDT
(o,p´+ p,p´) foi maior no grupo de moradores fixos.
Apesar dos moradores de finais de semana serem freqüentadores assíduos
do bairro, os moradores fixos que permanecem neste local durante 24
horas/dia e 7 dias/semana possuem um tempo de exposição maior aos
contaminantes ambientais, e sendo estes isômeros do DDT instáveis,
isto é, presentes na exposição recente, vem sugerir que a fonte
de exposição do DDT (o,p´+ p,p´) está localizada no “site”
industrial.
Þ
Pontos
coincidentes do ambiente e líquidos biológicos
Þ
Pontos coincidentes da análise de gordura e sangue
-80-
DDT (Metabólitos)
DDE (p,p´-DDE): foi quantificado em 98% da população analisada, no total de 116 pessoas.
Valores quantificados:
Mínimo:
0,06 mg/kg de gordura
Máximo: 10,40 mg/kg
de gordura
Média: 0,65 miligrama/Kilo ou 650 microgramas/kilo de gordura.
DDE (p,p´-DDE) segundo Lotes:
Grupo 1 (lotes de 01 a 11) 95% das biópsias destes lotes.
Grupo 2 (lotes de 12 a 27) 100% das biópsias destes lotes.
Grupo 3 (lotes de 28 a 35) 100% das biópsias destes lotes.
Grupo 4 (lotes de 36 a 49) 95% das biópsias destes lotes.
Grupo 5 (lotes de 51 a 66) 100% das biópsias destes lotes.
Nota-se distribuição homogênea entre os lotes, que sugere tratar-se de um contaminante universal, isto é contaminante que está presente também na população em geral, pois este é o metabólito final do inseticida DDT, e por ser muito mais estável, permanece durante décadas no organismo vivo, podendo estar traduzindo o uso indiscriminado do mesmo do passado.
Porém, nota-se nesta população que há uma diferença considerável entre níveis médios quantificados de p,p´- DDE e grupos diferentes de moradores, como descrito abaixo:
-81-
Nos moradores com DDT (o,p´+ p,p´): média de p,p´- DDE quantificado: 1,61 miligramas /Kilo
Nos moradores sem DDT
(o,p´+ p,p´): média de p,p´- DDE quantificado: 0,56
miligrama /Kilo
O nível médio de
p,p´- DDE quantificado nos moradores com DDT (o,p´+ p,p´)
é 2,87 vezes, ou seja praticamente 3 vezes maior do
que no outro grupo referido, significando que a fonte de exposição ao DDT
técnico é recente.
DDE (p,p´-DDE) segundo Índice de Massa Corporal (IMC) em kg/m²:
Abaixo de 19 kg/m²: 100% das biópsias desta faixa de IMC
Entre 19 a 24 kg/m²: 96% das biópsias desta faixa de IMC
Entre 25 a 30 kg/m²: 100% das biópsias desta faixa de IMC
Maior que 31 kg/m²: 100% das biópsias desta faixa de IMC
Nota-se que no caso do DDE, não há a distribuição heterogênea e diretamente proporcional ao IMC.
DDE
(p,p´-DDE) prevalência no Sexo:
De todas amostras de biópsia pertencentes ao sexo feminino (63 mulheres), 98% apresentaram DDE (p,p´-DDE) quantificado em sua gordura.
De todas amostras de biópsia pertencentes ao sexo masculino (55 homens), 98% apresentaram DDE (p,p´-DDE) quantificado em sua gordura.
-82-
DDT total (isômeros +
metabólitos)
Calculou-se o DDT total que é a soma de todos os isômeros e metabólitos quantificados do DDT, para nível de comparação com trabalhos científicos.
DDT total: foi quantificado em 100% da população analisada, no total de 118 pessoas.
Valores quantificados:
Mínimo:
0,06 mg/kg de gordura
Máximo: 12,0 mg/kg de
gordura
Média:
0,64 miligrama /Kilo ou
640 microgramas/kilo de gordura.
DDT total segundo Nível médio encontrado / Tabagismo:
Não Fumantes: média dos níveis quantificados : 0,70 miligrama /Kilo
Fumantes: média dos níveis quantificados : 0,56 miligrama /Kilo
Nota-se que nesta população do bairro, a variável tabagismo não foi um dos fatores que mais influenciou na quantificação do DDT total.
Foi quantificado no tecido adiposo de um morador do lote 48, DDT somente na forma de o,p´- DDT, sem apresentar DDE acima do nível de quantificado, representando uma exposição individual recente ao DDT (isômeros).
-83-
ALDRIN
Aldrin: foi quantificado no tecido adiposo de 10 pessoas, que corresponde a 8,5% da população analisada.
Valores quantificados:
Mínimo: 0,018 mg/kg de gordura
Máximo: 0,451 mg/kg de gordura
Média:
0,120 miligrama/Kilo ou
120 microgramas/kilo de gordura.
Sabe-se que a dose letal de
Aldrin (mais baixa registrada na literatura) para o ser humano é de 1,25
mg/kg, independentemente da via de exposição.
(Ecobichon, D.J.,
1994)
O valor de 0,45 mg/kg quantificado de Aldrin neste morador é três vezes menor que a dose letal, demonstrando a gravidade da exposição crônica desta populção a este “site” industrial contaminado.
Aldrin segundo Tipo de moradia:
Morador fixo: 90% das biópsias com Aldrin
Morador de finais de semanas:
10% das biópsias com Aldrin
Aldrin
segundo Último contato:
® 80% das biópsias com Aldrin, foram de moradores que ainda estavam residindo no bairro na data da coleta do tecido adiposo.
-84-
Þ
Pontos
coincidentes do ambiente e líquidos biológicos
Þ
Pontos coincidentes da análise de gordura e sangue
-85-
DIELDRIN
Dieldrin (estrutura química inicial do mesmo): foi quantificado em 19,5% da população analisada, no total de 23 pessoas.
Valores quantificados:
Mínimo: 0,02 mg/kg de
gordura
Máximo: 0,07 mg/kg de gordura
Média: 0,03
miligramas/Kilo ou
30 microgramas/kilo de gordura.
Dieldrin segundo Lotes:
Grupo 1 (lotes de 01 a 11) 26% das biópsias destes lotes.
Grupo 2 (lotes de 12 a 27) 19% das biópsias destes lotes.
Grupo 3 (lotes de 28 a 35) 14% das biópsias destes lotes.
Grupo 4 (lotes de 36 a 49) 23% das biópsias destes lotes.
Grupo 5 (lotes de 51 a 66) 14% das biópsias destes lotes.
Nota-se distribuição heterogênea entre os grupos, havendo maior incidência nos lotes de frente ao site e no grupo 4, local este que não há avaliações ambientais de frente a este lote.
-86-
Dieldrin segundo Índice de Massa Corporal (IMC) em kg/m²:
Abaixo
de 19 kg/m²: 25% das biópsias desta faixa de IMC.
(n. total de biópsias desta faixa = 4 pessoas)
Entre 19 a 24 kg/m²:
16% das biópsias desta faixa de IMC.
(n. total de biópsias desta faixa = 50 pessoas)
Entre 25 a 30 kg/m²:
23% das biópsias desta faixa de IMC.
(n. total de biópsias desta faixa = 44 pessoas)
Maior
que 31 kg/m²:
22% das biópsias desta faixa de IMC.
(n. total de biópsias desta faixa = 18 pessoas)
Nota-se distribuição heterogênea da quantificação do Dieldrin em relação aos Índices de Massa Corporal, demonstrando que outras variáveis além da massa total de gordura influenciaram nesta distribuição.
Dieldrin segundo Sexo:
Feminino: 14 pessoas, 61% das biópsias com Dieldrin
Masculino: 09 pessoas, 39% das biópsias com Dieldrin
De todas as amostras de biópsia pertencentes ao sexo feminino (63 mulheres), 22% apresentaram Dieldrin quantificado em sua gordura.
De todas as amostras de biópsia pertencentes ao sexo masculino (55 homens), 16% apresentaram Dieldrin quantificado em sua gordura.
Nota-se a predominância da quantificação do inseticida Dieldrin no sexo feminino.
-87-
Dieldrin segundo Tipo de moradia:
Morador fixo:
70% das biópsias com Dieldrin
Morador de finais de semana:
30% das biópsias com Dieldrin
Dieldrin segundo Tempo total de exposição:
01 a 03 anos: 3 pessoas, 13% das biópsias com Dieldrin
04 a 07 anos: 6 pessoas, 26% das biópsias com Dieldrin
08
a 11 anos:
9 pessoas, 39% das biópsias
com Dieldrin
12 a 15 anos:
2 pessoas, 09% das biópsias
com Dieldrin
16 a 20 anos:
1 pessoas, 04% das biópsias com Dieldrin
Mais
de 20 anos: 2
pessoas, 09% das biópsias com Dieldrin
Nota-se que 78% dos moradores que foi quantificado o inseticida Dieldrin, tiveram tempo total de exposição menor que 12 anos, podendo sugerir que a exposição a este contaminante do respectivo site, pode ter se acentuado nos últimos 10 anos, com o aumento de uma ou mais vias de exposição, quando o Dieldrin tivesse atingido a água consumida pelos moradores das chácaras, por exemplo.
-88-
HEPTACLORO
e HEPTACLORO EPÓXIDO
HEPTACLORO
Heptacloro: foi quantificado em 45% da população analisada, no total de 53 pessoas.
Valores quantificados:
Mínimo:
0,013 mg/kg de gordura
Máximo: 0,437 mg/kg de gordura
Média: 0,023 miligrama /Kilo ou 23 microgramas/kilo de gordura.
Heptacloro segundo Lotes:
Grupo 1 (lotes de 01 a 11) 58% das biópsias destes lotes.
Grupo 2 (lotes de 12 a 27) 50% das biópsias destes lotes.
Grupo 3 (lotes de 28 a 35) 50% das biópsias destes lotes.
Grupo 4 (lotes de 36 a 49) 41% das biópsias destes lotes.
Grupo 5 (lotes de 51 a 66) 24% das biópsias destes lotes.
Nota-se distribuição heterogênea entre os grupos de lotes, havendo menor incidência nos grupos conforme os lotes se distanciam do centro do site industrial.
-89-
Heptacloro segundo Índice de Massa Corporal (IMC) em kg/m²:
Abaixo
de 19 kg/m²: 25% das biópsias desta faixa de IMC
(n. total de biópsias desta faixa = 4 pessoas)
Entre 19 a 24 kg/m²:
44% das biópsias desta faixa de IMC
(n. total de biópsias desta faixa = 50 pessoas)
Entre 25 a 30 kg/m²:
52% das biópsias desta faixa de IMC
(n. total de biópsias desta faixa = 44 pessoas)
Maior
que 31 kg/m²: 33%
das biópsias desta faixa de IMC
(n. total de biópsias desta faixa = 18 pessoas)
Nota-se distribuição heterogênea, porém não diretamente proporcional à massa total de gordura.
Heptacloro segundo Sexo:
Feminino: 24 pessoas, 45% das biópsias com Heptacloro
Masculino: 29 pessoas, 55% das biópsias com Heptacloro
De todas as amostras de biópsia pertencentes ao sexo feminino (63 mulheres), 38% apresentaram Heptacloro quantificado em sua gordura.
De todas as amostras de biópsia pertencentes ao sexo masculino (55 homens), 53% apresentaram Heptacloro quantificado em sua gordura.
O inseticida Heptacloro diferentemente dos outros, teve incidência maior no grupo masculino, mesmo com um número absoluto maior de mulheres que fizeram a biópsia.
-90-
Morador fixo: 75,5% das biópsias com Heptacloro
Morador de finais de semana:
24,5% das biópsias com
Heptacloro
Das 80 amostras de biópsia de moradores fixos, 50% quantificaram Heptacloro em sua gordura.
Das 38 amostras de biópsia de moradores (f. de sem.), 34% quantificaram Heptacloro em sua gordura.
Nota-se que a prevalência de Heptacloro foi bem maior no grupo de moradores fixos, sendo que metade dos mesmos teve quantificado Heptacloro em seu tecido adiposo. Apesar dos moradores de finais de semana serem freqüentadores assíduos do bairro, os moradores fixos permanecem neste local 24 horas/dia e 7 dias/semana, possuindo portanto um tempo de exposição maior aos contaminantes ambientais.
Heptacloro segundo Tempo total de exposição:
01
a 03 anos:
7 pessoas, 13%
das biópsias com Heptacloro
04 a 07 anos:
13 pessoas, 24,5% das biópsias
com Heptacloro
08 a 11 anos: 15 pessoas, 28,5% das biópsias com Heptacloro
12 a 15 anos:
7 pessoas, 13%
das biópsias com Heptacloro
16 a 20 anos:
6 pessoas, 11,5% das biópsias com Heptacloro
Mais
de 20 anos: 5
pessoas, 9,5% das biópsias com Heptacloro
Nota-se que mais da metade dos moradores com Heptacloro em seu tecido adiposo, tiveram tempo total de exposição predominantemente entre 04 a 11 anos.
-91-
Heptacloro segundo Tabagismo:
Não
Fumantes: 64%
das biópsias com Heptacloro
Fumantes:
36% das biópsias com Heptacloro
Heptacloro segundo Nível médio encontrado / Tabagismo:
Não Fumantes: média dos níveis quantificados : 0,02 miligrama /Kilo
Fumantes: média dos níveis quantificados : 0,02 miligrama /Kilo
HEPTACLORO EPÓXIDO
Heptacloro epóxido: foi quantificado em 28% da população analisada, no total de 33 pessoas.
Valores quantificados:
Mínimo: 0,015 mg/kg de
gordura
Máximo: 0,081 mg/kg de
gordura
Média:
0,018 miligrama /Kilo ou
18 microgramas/kilo de gordura.
Heptacloro epóxido segundo Lotes:
Grupo 1 (lotes de 01 a 11) 26% das biópsias destes lotes.
Grupo 2 (lotes de 12 a 27)
31% das biópsias destes lote
Grupo 3 (lotes de 28 a 35) 14% das biópsias destes lotes.
Grupo 4 (lotes de 36 a 49) 23% das biópsias destes lotes.
Grupo 5 (lotes de 51 a 66) 38% das biópsias destes lotes.
-92-
Nota-se prevalência de moradores dos últimos lotes, nos quais não há análises ambientais de frente a estes.
Heptacloro epóxido segundo Índice de Massa Corporal (IMC) em kg/m²:
Abaixo
de 19 kg/m²:
zero das biópsias desta faixa de
IMC
(n. total de biópsias desta faixa = 4 pessoas)
Entre
19 a 24 kg/m²: 18%
das biópsias desta faixa de IMC
(n. total de biópsias desta faixa = 50 pessoas)
Entre
25 a 30 kg/m²: 43%
das biópsias desta faixa de IMC
(n. total de biópsias desta faixa = 44 pessoas)
Maior
que 31 kg/m²: 28%
das biópsias desta faixa de IMC
(n. total de biópsias desta faixa = 18 pessoas)
Sendo que:
Entre 31 a 35
kg/m²:
10 % das biópsias desta faixa de IMC
(n. total de biópsias desta faixa = 10 pessoas)
Maior
que 36 kg/m²:
50% das biópsias desta faixa de IMC
(n. total de biópsias desta faixa = 8 pessoas)
Nota-se distribuição heterogênea, com tendência a ser diretamente proporcional a massa total de gordura, porém observa-se que nos 10 moradores com IMC entre 31 a 35 kg/m², quantificou-se apenas um destes com Heptacloro epóxido em seu tecido adiposo.
-93-
Heptacloro
epóxido segundo Sexo:
Feminino: 18 pessoas, 54,5% das biópsias com Heptacloro epóxido
Masculino: 15 pessoas, 45,5% das biópsias com Heptacloro epóxido
De todas as amostras de biópsia pertencentes ao sexo feminino (63 mulheres), 29% apresentaram Heptacloro epóxido quantificado em sua gordura.
De todas as amostras de biópsia pertencentes ao sexo masculino (55 homens), 27% apresentaram Heptacloro epóxido quantificado em sua gordura.
Heptacloro epóxido segundo Tipo de moradia:
Morador fixo: 58% das biópsias com Heptacloro epóxido
Morador de finais de semana: 42% das biópsias com Heptacloro epóxido
Heptacloro
epóxido segundo Tempo total de exposição:
01 a 03 anos: 6 pessoas, 18,5% das biópsias com Heptacloro epóxido
04 a 07 anos: 8 pessoas, 24% das biópsias com Heptacloro epóxido
08 a 11 anos: 11 pessoas, 33,5% das biópsias com Heptacloro epóxido
12 a 15 anos:
3 pessoas, 09%
das biópsias com Heptacloro epóxido
16 a 20 anos:
2 pessoas, 06%
das biópsias com Heptacloro epóxido
Mais
de 20 anos: 3
pessoas, 09% das biópsias
com Heptacloro epóxido
-94-
Nota-se que 76% dos moradores que foi quantificado o Heptacloro epóxido em seu tecido adiposo, tiveram tempo total de exposição menor que 12 anos, podendo sugerir como no caso do Dieldrin, que a exposição ao Heptacloro epóxido pode ter se acentuado nos últimos 10 anos, pelo aumento da exposição quando este contaminante ambiental teria atingido os poços das chácaras, e/ou poderia ser relativo ao tempo de biodegradação no ambiente, do Heptacloro em Heptacloro epóxido.
Heptacloro
epóxido segundo Tabagismo:
Não
Fumantes: 58%
das biópsias com Heptacloro epóxido
Fumantes: 42% das biópsias com Heptacloro epóxido
Heptacloro epóxido segundo Nível médio encontrado / Tabagismo:
Não Fumantes: média dos níveis quantificados : 0,018 miligrama//Kilo
Fumantes: média dos níveis quantificados : 0,018 miligrama /Kilo
HEPTACLORO e HEPTACLORO EPÓXIDO
Segundo Park and Bruce (1968), o Heptacloro é menos hidrosolúvel, e portanto mais persistente no organismo humano do que o Heptacloro epóxido. Quando o Heptacloro é oxidado para Heptacloro epóxido, torna-se mais facilmente mobilizado dos tecidos, e conseqüentemente eliminado com mais facilidade.
-95-
Os resultados das quantificações destes inseticidas no tecido adiposo dos moradores do B. Recanto dos Pássaros, condizem com os autores acima citados, pois como foi observado, houve 53 pessoas com Heptacloro quantificado em sua gordura, com média dos valores de 0,023 mg/kg, para 33 pessoas com Heptacloro epóxido, e média dos valores de 0,018 mg/kg.
Os valores dos mesmos quantificados no sangue, também são achados que estão de acordo com o esperado, pois sendo o sangue um veículo de transporte e distribuição, e o Heptacloro epóxido mais hidrossolúvel, era esperado que se quantificasse um porcentual maior deste inseticida na corrente sangüínea, como foi observado na análise sangüínea de 181 moradores do bairro, sendo que 27 moradores destes tiveram níveis quantificados do Heptacloro epóxido em sua amostra de sangue, para 01(um) morador com Heptacloro quantificado.
No sangue, como muito comentado, os níveis quantificados de inseticidas organoclorados são apenas indicadores de exposição a estes, pelo fato da corrente sangüínea ser um veículo de distribuição destes compostos organoclorados, não expressando de fato a quantidade total corporal de cada inseticida presentes nos moradores.
...96-
Publicação: |